Após ironizar denúncias de tortura durante a ditadura militar (1964-1985), o vice-presidente Hamilton Mourão foi denunciado junto à Corte Interamericana de Direitos Humanos, em uma ação movida pela bancada do Psol na Câmara dos Deputados.
O PSOL pede que as declarações do general sejam incluídas em ação que acusa o governo Jair Bolsonaro de não cumprir sentença que condenou o país por violações de direitos no caso da Guerrilha do Araguaia.
Áudios de sessões do Superior Tribunal Militar (STM) revelaram conversas de ministros sobre casos como o de uma mulher que sofreu um aborto depois de torturas no DOI-Codi, criticam a atuação de “policiais sádicos” e também duvidam da veracidade de alguns depoimentos.
Questionado por jornalistas sobre o teor das gravações, Mourão afirmou na segunda-feira (18/04) não haver o que apurar sobre as violações cometidas durante o regime militar. “Apurar o quê? Os caras já morreram tudo, pô”, afirmou, rindo em seguida. “Vai trazer os caras do túmulo de volta lá?”.
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