O processo de seleção para o cargo de Procurador Legislativo na Câmara Municipal de Mucuri está envolto em controvérsias devido à ausência da participação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) na comissão de fiscalização do concurso. Essa lacuna tem levantado preocupações sobre a transparência e a lisura do processo seletivo e pode levar a nulidade do concurso por desrespeito ao preceito constitucional da OAB de acompanhamento de todas as fases que envolvam concurso para procurador (artigo 132 da Constituição Federal).
A realização de concursos públicos exige uma estrita fiscalização para garantir que os princípios da igualdade, legalidade e impessoalidade sejam respeitados. A participação da OAB nesse processo é essencial, dada a sua expertise na área jurídica e sua função de zelar pela ética e pelo cumprimento da lei no exercício da advocacia.
Ocorre que a Portaria 018/2023 que nomeou a comissão de acompanhamento do concurso não contou com a participação de membro da OAB, em sua composição foram nomeados tão somente servidores públicos do Poder Legislativo.
Suspeitas de Ausência de Fiscalização
A falta da presença da OAB na comissão de fiscalização do concurso da Câmara Municipal de Mucuri levanta questionamentos sobre a imparcialidade e a transparência do processo. A ausência desse órgão regulador abre espaço para possíveis irregularidades, como favorecimento de candidatos, falta de critérios objetivos de avaliação e até mesmo fraudes.
Importância da Participação da OAB
A OAB desempenha um papel crucial na fiscalização de concursos públicos, assegurando que o processo se desenvolva de forma justa e em conformidade com a legislação vigente. Sua presença na comissão de fiscalização traz legitimidade ao processo e aumenta a confiança dos candidatos na lisura da seleção.
Demandas por Transparência
Diante das preocupações levantadas pela ausência da OAB, é imperativo que as autoridades responsáveis pelo concurso da Câmara Municipal de Mucuri esclareçam os motivos dessa decisão e garantam a transparência de todo o processo seletivo. Os candidatos e a sociedade têm o direito de exigir que todas as etapas do concurso sejam conduzidas de forma ética e transparente.
A ausência da participação da OAB na comissão de fiscalização do concurso da Câmara Municipal de Mucuri para o cargo de Procurador Legislativo levanta sérias questões sobre a integridade do processo seletivo.
É fundamental que as autoridades responsáveis atuem de forma transparente e esclareçam as suspeitas levantadas, garantindo assim a confiança dos candidatos e da sociedade na lisura do concurso.
DENÚNCIA AO MINISTERIO PÚBLICO EM CURSO
Um grupo de advogados está acionando o Ministério Público pedindo a nulidade do concurso devido à ausência de participação da Ordem dos Advogados. Além disso, levantam-se questionamentos sérios sobre o prazo de inscrições relâmpago, a falta de ampla divulgação do concurso na imprensa e até mesmo o conturbado processo de escolha da banca organizadora via dispensa de licitação, que não observou critérios legais, incluindo o menor preço ofertado por outras bancas. Esses aspectos serão objeto de novas reportagens.
Caso semelhante no Espirito Santo e Ação da OAB!
Um caso semelhante no Estado do Espirito Santo virou uma ação promovida pela OAB, em que o juiz Vanderlei Ramalho Marques, da Comarca de Ibatiba, concedeu mandado de segurança anulando o concurso público para o cargo de Procurador Municipal de Ibatiba, na Região do Caparaó. A anulação ocorreu em atenção à ação movida pela subsecção local da Ordem dos Advogados do Brasil no Espírito Santo (OAB-ES).
A anulação do concurso foi pedida pela OAB por conta de desrespeito a preceito constitucional de acompanhamento de todas as suas fases pelo órgão federal (artigo 132 da Constituição Federal). O caso da Câmara de Mucuri-BA, se assemelha pelo notório desrespeito as mesmas prerrogativas legais, e ausência de fiscalização, no decorrer do processo do referido concurso.
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