O ex-prefeito de Juazeiro Isaac Carvalho (PT) se recusa a apoiar o candidato do MDB à Prefeitura de Juazeiro, o empresário Andrei Gonçalves. Em nota, o petista deixou claro que não concordou com a decisão da Federação Brasil da Esperança, formada por PT, PCdoB e PV de apoiar o candidato de Geddel Vieira Lima do MDB.
Isaac disse que já tinha um entendimento com o deputado estadual Roberto Carlos, que era o candidato do PV, para receber o apoio do “verde”. Esse acordo garantiria também o apoio do parlamentar à candidatura de Ellen Carvalho, esposa de Isaac, por conta da inelegibilidade do ex-prefeito.
O petista afirmou que a cúpula do PV, no entanto, “votou contra a posição de sua liderança e decidiu apoiar o MDB” de Geddel Vieira Lima.
Isaac classificou a decisão da federação como equivocada ao endossar o apoio ao MDB de Geddel, posição também defendida pelo PCdoB e da qual, frisou, o PT se absteve de forma estranha. O ex-prefeito declarou ainda que vai conversar com o PT sobre “os encaminhamentos a serem adotados” e “ouvir aliados de outros partidos sobre alternativas”.
Lideranças estaduais do PT e do MDB acreditam que Isaac Carvalho poderá mudar de posição, uma vez que a decisão sobre o apoio ao candidato Andrei teve o respaldo do governador Jerônimo Rodrigues.
Segundo apurou o site Isaac Carvalho não consegue entender como que o Governador Jerônimo (PT), deixa de apoiar alguém que sempre foi leal e votou nas pautas da esquerda, um candidato que já foi seis vezes deputado estadual, para escolher um candidato de um partido que foi o idealizador do golpe da presidenta Dilma Rouseff, sempre votou contra as pautas do trabalhador e sem falar que o MDB de Geddel protagonizou o maior escandalo de corrupção, quando o ex-ministro foi preso depois que PF encontrou malas e caixas de dinheiro em espécie dentro de um imóvel alugado em Salvador com mais de 51 milhões de reais.
Isaac Carvalho foi condenado, em maio de 2022, em decorrência da prefeitura ter pago a conta de energia elétrica dos permissionários do camelódromo do município durante o mandato dele, na década passada. Com essa condenação, o petista só pode, em tese, voltar a concorrer em uma eleição no ano de 2026. Em 2018, quando já estava na lista dos inelegíveis do Tribunal de Contas da União (TCU) antes da sentença de 2022, chegou a vencer a disputa para deputado federal, mas a Justiça Eleitoral o impediu de tomar posse.
Mín. 21° Máx. 32°