Por 5 votos a 3, os vereadores de Barão de Melgaço, a 121 km de Cuiabá, aprovaram na manhã de sexta-feira (22/11) a abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o suposto envolvimento da prefeita Margareth de Munil (União) no esquema de fraude de licitações e desvio de recursos na cidade.
Os parlamentares deixaram para a próxima sessão, a ser realizada na sexta (29/11), para sortear os nomes dos parlamentares que deverão investigar a prefeita, podendo resultar no afastamento ou até na cassação da gestora caso seja comprovada a ligação dela com suposto esquema de corrupção.
Esquema e Denúncia
O suposto esquema é alvo de investigação da Operação Gomorra, deflagrada no último dia 07 deste mês pelo Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco), e que teria como suposto líder o empresário Edézio Corrêa, responsável por um grupo que tem contratos, que agora são investigados, com mais de 100 prefeituras e câmaras municipais, na ordem de R$ 1,8 bilhão.
A abertura da CPI foi requerida pelo empresário Maurezi Leopoldino Dias, no qual alegou que as investigações do Naco apontam que “na Prefeitura de Barão de Melgaço estaria ocorrendo esquema de adulteração de notas fiscais, bem como que a prefeita Margareth abasteceria veículos de vereadores com uma carta coringa da Centro América Frotas, bem paga propina aos parlamentares através de notas adulteradas”.
“Os autos da investigação descrevem atos de possível desvio de verbas públicas, com o fito de favorecer determinada empresa. A abertura de investigação em face da Prefeita Municipal se mostra evidente, diante da gravidade dos fatos. Desta feita, considerando a investigação do Ministério Público em tela, se faz necessário que esta Casa de Leis cumpra com suas atribuições e inaugure investigação em face da requerida, concedendo a ampla defesa e contraditório”, diz trecho da denúncia apresentada pelo empresário.
Votação
Votaram pela abertura da CPI os seguintes vereadores: Wanderson Pelado (PRTB), Pedro Barqueiro (União), Denas (PSD), Dudu Amorim (PRTB) e Geto (PRTB).
Contrários se posicionaram: Dauto (PSDB), Professor Dedé (Progressista) e Edenaldo Tico (Progressista).
Quem é o denunciante
Maurezi Leopoldino foi candidato a vice-prefeito pelo Democracia Cristã nas eleições deste ano, na chapa encabeçada pelo professor Ibson. A chapa deles obteve 1.394 votos, ficando na segunda colocação no pleito vencido por Margareth de Munil – que foi reeleita ao conquistar 2.976 votos.
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